De Instituto da Guerra

Demacia

"São os nossos lares, nossas famílias, nossos companheiros em combate. É o nosso orgulho, nossa honra, nossa força. Hoje, por sua defesa e existência, lutaremos bradando o seu nome: DEMACIA!" – Sargento da Vanguarda

Em um reino erguido com o propósito de proteger seu povo da ameaça mágica das Guerras Rúnicas, os filhos de Demacia sempre ergueram os estandartes de justiça, honra e dever acima de tudo, imbuídos de um orgulho inabalável por sua rica herança cultural. Contudo, apesar desses nobres princípios, essa grandiosa nação autossuficiente viu-se envolta em um véu de isolacionismo nos últimos séculos, apesar de sua imponente e nobre postura.

Hoje, Demacia enfrenta uma encruzilhada sombria.

A capital, a imponente Grande Cidade de Demacia, surgiu como um bastião contra os resquícios da feitiçaria que assolaram as Guerras Rúnicas, erguida sobre a misteriosa petricita – uma pedra branca peculiar que anula qualquer energia mágica. Dali, a linhagem real, ao longo dos séculos, jurou defender as cidades distantes, vilarejos pitorescos, fazendas exuberantes, florestas densas e montanhas repletas de riquezas minerais.

No entanto, com o assassinato do rei Jarvan III, as outras casas nobres hesitam em reconhecer seu único herdeiro, o jovem príncipe Jarvan IV. Uma sombra paira sobre a sucessão, enquanto aqueles que vivem além das fronteiras fortificadas são olhados com crescente desconfiança.

Em uma era de incertezas, antigos aliados buscam abrigo em terras distantes, insinuando que a gloriosa era de Demacia já se desvanecera. A menos que o povo de Demacia esteja disposto a aceitar a mutabilidade de um mundo em constante transformação – uma tarefa muitos consideram intransponível –, a queda do reino parece inevitável.

A Petricita

Ao norte da Grande Cidade de Demacia, ergue-se uma vasta floresta de árvores petrificadas, cuja peculiar natureza confere-lhes uma propriedade extraordinária: a capacidade de absorver magia. Esse presente da natureza, conhecido como Petricita, desempenhou um papel vital na forja do grandioso reino de Demacia.

Dotada dessa propriedade singular, um grupo de refugiados das devastadoras Guerras Rúnicas encontrou abrigo no oeste do continente de Valoran, estabelecendo um modesto assentamento. Este refúgio foi concebido como uma barreira contra os malevolentes magos que desencadearam o conflito que quase aniquilou o mundo de Runeterra.

Ao longo dos séculos, a Petricita tornou-se uma presença constante na arquitetura demaciana, moldando não apenas as construções da Grande Cidade, mas também a própria essência da nação. Habilidosos artesãos descobriram maneiras de fundir a substância com o aço, criando uma união formidável que conferia às tropas demacianas uma defesa robusta contra os ardis da magia.

Um dos feitos mais notáveis, uma verdadeira epopeia em pedra, foi a criação do imponente colosso conhecido como Galio. Forjado pelas mãos de Durand, Galio não é apenas uma estátua monumental, mas uma entidade que ganhou vida, erguendo-se como um guardião imponente que, sempre que necessário, responde ao chamado para proteger as fronteiras de Demacia contra invasões e ameaças mágicas. Assim, a Petricita, com sua magia inerente, se entrelaça com a própria essência e história viva do reino, moldando o destino de Demacia ao longo dos séculos.

As Protetoras Aladas

Em tempos imemoriais, quando as raízes de Demacia estavam sendo entrelaçadas, uma lenda ancestral emergiu, moldando a fundação do reino e guiando a forja de suas leis e valores através dos séculos. Conhecida como o Cântico das Irmãs Aladas, esta narrativa não apenas pavimentou o caminho para o surgimento de Demacia, mas também incutiu o temor do imprevisível poder mágico nos corações daqueles que ouviam suas palavras.

O mito ancestral retrata o nascimento das gêmeas celestiais, Kayle e Morgana, que surgiram sob a abóbada estrelada, uma na Luz e outra na Sombra. Ambas chegando a Demacia, uma terra então inexplorada, onde os alicerces de seu reino ainda estavam por serem lançados.

Morgana, envolta em mistério e sombras, tornou-se conhecida como a Mulher Velada, uma figura paria cujas explosões e clamores por redenção a levaram ao exílio. No entanto, mesmo diante de seu ostracismo, alguns demacianos, em busca de orientação e perdão, continuam a criar totens em sua honra.

Enquanto o mito de Morgana persiste com certa dificuldade, o legado de Kayle resplandece com intensidade nos corações e mentes dos demacianos, carregando consigo os valores supremos de honra e tradição que moldaram a essência do reino. Assim, o Cântico das Irmãs Aladas permanece como uma luz guia, iluminando o caminho de Demacia ao longo dos séculos.

Os Caçadores de Magos

Criados com o propósito nobre de salvaguardar o povo de Demacia contra magos perigosos e malignos, os Caçadores de Magos emergiram como uma influência marcante no reino, moldando a política e os rumos da nação. Entretanto, ao longo dos séculos, a essência original da ordem se perdeu, transformando-a de uma força protetora em uma caçada desenfreada a qualquer manifestação mágica, amplificando o temor que o povo demaciano nutria em relação à magia.

Em tempos passados, para enganar a vigilância dos Caçadores, utilizavam-se artifícios criativos para disfarçar objetos relacionados à magia. Com o decorrer do tempo, a verdadeira natureza desses itens pode ter se obscurecido, sendo herdada pelas gerações subsequentes sob a forma de objetos inofensivos como bengalas, bastões e cetros.

Antes do decreto que encerrou suas atividades, os infames Caçadores de Magos receberam a tarefa de erradicar todo e qualquer vestígio de conhecimento e prática de feitiçaria. A caçada, realizada até mesmo entre os próprios demacianos, gerou um crescente ressentimento entre a população, semeando as sementes de uma revolução liderada por Sylas de Dregbourne. Esse jovem mago, aprisionado durante a adolescência e mantido em isolamento por mais de 15 anos, se tornou um ícone da resistência.

A intervenção de Luxanna, uma filha da proeminente família Stemmaguarda dotada do dom da magia, desencadeou uma reviravolta na trama. Visitando a cela de Sylas, ela foi persuadida a contrabandear livros da biblioteca familiar, revelando segredos descobertos por Durand sobre a verdadeira natureza da Petricita que o aprisionava.

Ao compreender as propriedades reais de armazenamento de magia da substância, Sylas conseguiu escapar da prisão, desencadeando uma série de eventos que culminou na queda dos Caçadores de Magos, na morte do Rei Jarvan III e na reavaliação dos valores fundamentais de Demacia. Assim, os alicerces da nação foram abalados, trazendo à tona uma era de transformação e questionamento para o reino.

Exército de Elite

Em meio às vastas terras de Demacia, onde os exércitos de Noxus e as tribos guerreiras de Freljord impõem sua presença numerosa, os soldados demacianos se destacam como uma força poderosa e altamente treinada. A cultura de honra e disciplina impregnada em cada cidadão, desde a infância, molda um exército que não apenas defende seu reino, mas também abraça valores como coragem, respeito, justiça e piedade.

No coração desse formidável exército encontra-se a Vanguarda Destemida, o batalhão de elite liderado por Garen Stemmaguarda, sobrinho da respeitada Alta Marechal Tianna Stemmaguarda. Com uma força que atinge a grandiosa marca de mais de dois mil soldados em sua capacidade máxima, a Vanguarda Destemida personifica o auge da habilidade e devoção à causa demaciana.

Cada batalhão, dentro do vasto exército, é composto por uma variedade de unidades especializadas, desde batedores e cavaleiros-patrulheiros até duelistas habilidosos e os temíveis Cavaleiros de Rapina, guerreiros montados nas poderosas Rapinas Prateadas. Nativas das alturas dos penhascos, essas aves de rapina selvagens são predadores formidáveis, capazes de abater comboios militares inteiros, tornando a tarefa de estabelecer um vínculo com essas criaturas majestosas um desafio monumental.

O Reino de Demacia

Os vastos territórios de Demacia se estendem em uma sinfonia de vegetação exuberante, onde os medos relacionados à alimentação são meramente sombras fugazes. Sob os céus demacianos, as plantações florescem abundantemente, garantindo uma oferta farta para o seu povo.

As construções que pontilham a paisagem demaciana refletem uma estética minimalista, quase austera, porém permeada por uma elegância e fantasia incomparáveis. Erguidas predominantemente com a nobre Pedra de Petricita, essas edificações ostentam telhados azuis arredondados, conferindo-lhes um charme distinto.

Ao percorrer as amplas alamedas demacianas, é impossível não se encantar com a arquitetura arrebatadora que compõe o lar dessa sociedade. Demacia, abraçando paradoxos, revela-se simultaneamente aberta e fechada, uma terra onde os habitantes buscam superar seus próprios temores.

Sobrenomes Demacianos

Em Demacia, a tapeçaria social é entrelaçada com uma variedade de sobrenomes que delineiam não apenas indivíduos, mas também as distinções entre as nobrezas. Nas altas esferas, famílias como os Laurent, Lumescudo e Stemmaguarda ostentam sobrenomes de significado profundo. A reputação dessas famílias pode conceder-lhes poder político e respeito, ou, inversamente, expô-las ao escárnio e à desonra na complexa sociedade demaciana.

Enquanto isso, os plebeus, especialmente os pertencentes às camadas mais baixas, não compartilham do mesmo privilégio de sobrenomes, uma vez que as unidades familiares distintas entre eles não carregam o peso político significativo. Cithria, Sylas e Quinn, entre outros, são diferenciados não por sobrenomes, mas por seus nomes e locais de origem, como Cithria de Campinuvem, Sylas de Dregbourne e Quinn de Uwendale. Contudo, se um plebeu alcançar notoriedade em seu campo ou por suas ações, poderá ser agraciado com um título distintivo, tornando-se assim uma figura reconhecida em sua comunidade.

A Monarquia

Nas terras majestosas de Demacia, a monarquia rege sob uma constituição única, onde o rei se destaca como o supremo chefe de estado, enquanto um conselho desempenha um papel mais legislativo. A autoridade do rei, embora imponente, encontra-se cuidadosamente equilibrada pelo Conselho Demaciano, um órgão representativo do povo e suas aspirações.

O reinado anterior, sob o comando de Jarvan III, testemunhou um esforço dedicado para preservar a pureza e a verdade da sacralidade demaciana. Além de sua posição como líder político, o rei também assume o papel de comandante supremo das forças armadas, garantindo que a integridade do reino seja mantida sob sua orientação vigilante.