Página Anterior | Página Seguinte |
---|
"Ovo de dragão (Dragão Furioso, Draco murmurationis)
Local: encontrado pelo pesquisador Anden Mayne em uma expedição.
Notas: período de gestação desconhecido. Incubação em andamento. Movimento recente dentro da casca. O ovo responde ao calor, à luz e ao martelo. Estudos atuais inconclusivos."– Notas de Anden Mayne, Pesquisador Acadêmico
Quando pensamos na palavra “dragão”, ela evoca imagens de criaturas titânicas e imponentes, cuja simples presença faz a terra estremecer e os céus se dividirem em admiração ou temor. No entanto, este termo não se refere a uma única espécie, mas a uma categoria ampla que abrange diferentes formas e naturezas. Os dragões são entidades cuja majestade e mistério transcendem os limites da compreensão, habitando o imaginário coletivo das civilizações em Runeterra. Independentemente de sua origem, todos compartilham um conjunto de traços e uma aura de autoridade que os tornam icônicos.
Os dragões possuem corpos reptilianos que combinam força, agilidade e resistência. Suas escamas, frequentemente brilhantes e resistentes, variam em cores que vão desde tons metálicos como dourado e prateado até padrões mais terrenos, como verdes musgosos ou pretos reluzentes. Essas escamas são tão resistentes que muitas vezes se tornam alvo de caçadores e aventureiros em busca de armaduras ou armas imbuídas de seu poder. Suas asas, quando presentes, são imensas membranas que parecem capazes de dividir céus nublados e levar o dragão a altitudes onde apenas pássaros ousam voar. Seus olhos, geralmente brilhando com uma luz interior, parecem refletir uma sabedoria ou malícia antiga, dependendo de sua natureza.
Os dragões são universalmente conhecidos por suas garras e dentes, ambos incrivelmente afiados e perfeitamente adaptados à caça ou à defesa. Suas mandíbulas possuem uma força esmagadora que pode despedaçar ossos e rochas com facilidade. Em suas caudas, encontram-se ferramentas poderosas, capazes de derrubar florestas inteiras ou criar abismos em terras devastadas. A imponência de seus corpos é complementada por uma presença mágica única que parece envolver o ar ao seu redor, como se o mundo se curvasse à sua passagem.
Uma característica fascinante dos dragões é sua adaptabilidade. Essa flexibilidade evolutiva é o que deu origem às três grandes divisões que conhecemos: os Dragões Celestiais, Espirituais e Terrestres. Os Dragões Celestiais, mais próximos da divindade, possuem um esplendor etéreo, como se fossem moldados diretamente das estrelas e dos ventos cósmicos. Já os Dragões Espirituais são figuras quase imateriais, conectados às forças primordiais e ao ciclo da vida e da morte. Por fim, os Dragões Terrestres são criaturas de carne, sangue e instinto, suas aparências moldadas pelas paisagens onde vivem, como vulcões, montanhas ou florestas densas.
Embora esses grupos não compartilhem um vínculo genético, suas semelhanças físicas e comportamentais criaram a ilusão de uma linhagem única. Há quem acredite que os Dragões Terrestres imitaram seus pares Celestiais em eras passadas, buscando alcançar a mesma grandiosidade. Isso, no entanto, não os torna menos impressionantes. Cada dragão é, em si, um milagre da natureza, uma fusão de força e magia que transcende os limites da vida mortal.
Os ovos de dragão, por sua vez, são tão misteriosos quanto as criaturas que neles residem. Envoltos em escamas endurecidas e adornados por padrões intricados, os ovos parecem quase uma obra de arte viva. Muitos estudiosos dedicam suas vidas para entender os ciclos de gestação dos dragões, mas o que sabemos ainda é limitado. Relatos como os do pesquisador Anden Mayne, que observou um ovo de Dragão Furioso, oferecem apenas um vislumbre do processo. A interação entre calor, luz e até estímulos físicos com esses ovos levanta questões sobre o papel do ambiente na formação de uma criatura tão monumental.
Enquanto escrevo estas palavras, ainda me questiono sobre o que torna os dragões tão irresistíveis para os mortais. Talvez seja a combinação de seu poder incomparável, sua conexão com forças maiores e seu mistério intrínseco que nos atrai como mariposas para uma chama. O simples fato de uma criatura dessas existir é uma prova de que o mundo é muito maior do que podemos compreender, e sua presença é um lembrete constante de que Runeterra ainda guarda segredos além de qualquer imaginação.