Árbitro do Pico

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"O Árbitro não se importa com sua força ou suas palavras. Ele examina o que está dentro, onde nenhum véu pode esconder a verdade."

– Taric, o Aspecto do Protetor

O Árbitro do Pico é uma figura imponente e enigmática, um verdadeiro titã celestial que vigia o portal entre o Reino Material e o Celestial no cume do Monte Targon. Feito de um puro cristal translúcido que brilha com a essência das estrelas, seu corpo gigantesco se assemelha a uma estátua viva, com detalhes intricados e runas celestes que parecem pulsar com vida própria. Desprovido de olhos, ele ainda é capaz de ver além das aparências e acessar o âmago do espírito de qualquer ser que ouse escalar as alturas de Targon.

Não há atalhos ou subterfúgios que enganem o Árbitro. Ele é o derradeiro juiz daqueles que buscam a transcendência por meio da ascensão ao Reino Celestial. Sua tarefa não é fácil, nem misericordiosa. Muitos escaladores chegam exaustos, com corpos quebrados, mas ainda assim, enfrentam o olhar intransigente do Árbitro. Ele não se impressiona com palavras ou feitos físicos; para o Árbitro, é a essência, a verdadeira natureza do ser, que define quem é digno de receber a dádiva celestial.

Relatos descrevem sua presença como esmagadora, não pela violência, mas pela gravidade que ele impõe. Escaladores que falharam no julgamento dizem que sentiram sua alma sendo despida de toda pretensão e ilusão. Alguns desmaiaram diante da pressão de seu olhar; outros fugiram em desespero, incapazes de suportar a introspecção forçada que ele impõe. Somente os verdadeiramente resolutos, aqueles cujos corações estão alinhados com um propósito maior, podem suportar o escrutínio do Árbitro e alcançar a bênção de se tornarem Aspectos.

Os poucos que triunfaram e sobreviveram ao seu julgamento afirmam que o Árbitro não fala em palavras, mas se comunica diretamente na mente daqueles que examina. Sua "voz" é um eco de múltiplas frequências, simultaneamente poderosa e calma, como o som de uma galáxia girando no silêncio do cosmos. Aqueles que o ouviram descrevem a sensação como avassaladora, um misto de pavor e iluminação.

Taric, o Aspecto do Protetor, conta que sua própria interação com o Árbitro foi um momento que redefiniu sua existência. "Ele viu minha falha, meu desespero, e minha determinação de superá-los. Não pude mentir para mim mesmo naquele momento. Foi aterrorizante e libertador ao mesmo tempo." É um testemunho de que mesmo as figuras mais grandiosas de Runeterra, antes de se tornarem Aspectos, tiveram que enfrentar suas vulnerabilidades e medos diante do guardião celestial.