De Instituto da Guerra

Ixtal

"Como Yun Tal, somos respeitados pelo nosso controle sobre os elementos deste mundo. E o mundo vai tão além de Ixtal, Aya... Nós lideramos, mas não agimos. Talvez alguns sejam sábios o suficiente para reconhecer que não podem tomar essa decisão sozinhos. Mas, talvez, os outros só estejam com medo." - Qiyana

Ixtal se estende majestosamente na parte oriental do vasto continente shurimane, com Shurima ao leste e as exuberantes fronteiras da selva de Kumungu a moldar seu perímetro. As fronteiras de Ixtal, outrora estendendo-se pela vastidão da selva, agora definem um domínio singular, uma terra protegida pelos segredos antigos que reside em seu seio.

Renomada por sua maestria na manipulação da magia elemental, Ixtal detém raízes que se entrelaçam com os primórdios da grande diáspora ocidental. Sua cultura ancestral precede a formação do império shurimane e remonta aos dias de civilizações como Buhru, a esplêndida Helia e os ascetas de Targon.

Nas entranhas de Ixtal, é possível que tenham desempenhado um papel fundamental na criação dos primeiros Ascendentes, marcando seu legado nos anais do tempo.

Enfrentando as ameaças do Vazio e, mais tarde, dos Darkin, os magos de Ixtal optaram por se distanciar dos reinos circundantes, utilizando a rica biodiversidade que os cercava como uma muralha protetora. Mesmo diante das perdas inevitáveis, sua resolução foi a preservação do que restou.

Hoje, após milênios de isolamento na exuberância da selva, a cidade arcológica de Ixaocan ergue-se como uma testemunha silenciosa das tragédias que assolaram as Ilhas das Bênçãos e das Guerras Rúnicas. Os ixtalis, que observaram de longe esses eventos catastróficos, encaram as demais facções de Runeterra como intrusos e novatos, impostores que se atrevem a invadir sua morada.

Com sua magia poderosa, eles mantêm as fronteiras de Ixtal impenetráveis, protegendo seus segredos ancestrais e garantindo que sua civilização única permaneça intocada pelos tumultos do mundo exterior.

Uma Fronteira Inexplorada

Além das fronteiras ixtalis, a história da região permanece envolta em mistério para aqueles que se aventuram de fora. Ao longo dos anos, inúmeras expedições provenientes de Noxus, Águas de Sentina e, mais recentemente, da Guilda de Exploradores de Piltover lançaram-se na densa floresta em busca de tesouros inexplorados ou de terras para reivindicar. Entretanto, essas incursões na selva desapareceram misteriosamente, deixando para trás apenas o eco do silêncio.

A selva de Kumungu, rica em uma flora agressiva e perigosa, é o lar de criaturas poderosas e ferozes. Entre elas, destaca-se o Basilisco, cujos filhotes são utilizados pelo exército noxiano como aríetes vivos e montarias. No entanto, quando essas criaturas crescem, tornam-se desafiadoras de se controlar, apresentando uma ferocidade imprevisível.

Aqueles que se aventuram desprevenidos nas entranhas da selva frequentemente caem vítimas das armadilhas naturais ou, pior ainda, adentram os territórios das tribos locais. Tribos como os Kiilash e os Pakaa são conhecidas por eliminar impiedosamente qualquer intruso que ultrapasse os limites de seus domínios, reivindicando com ferocidade a soberania sobre sua terra ancestral.

Segredos Ancestrais

Nas profundezas das vastas florestas tropicais, Ixtal se oculta, suas imponentes arcologias protegidas do olhar curioso e das mãos ávidas. Dentro de seu território, diversas tribos, mais próximas às fronteiras, levam uma vida mais simples e desconectada dos valores da capital, Ixaocan.

As arcologias ixtalis estão conectadas pela intersecção de linhas de poder, representando distintas formas e disciplinas da magia elemental. Nas maiores, dezenas de milhares de estudiosos ixtalis dedicam-se à maestria mágica, com uma hierarquia social forjada no tempo dedicado aos estudos, conduzindo-os ao ápice do domínio mágico.

No epicentro da selva ergue-se a majestosa Arcologia Cardeal, morada da casta governante Yun Tal e núcleo do poder de Ixaocan, cuja existência remonta a tempos anteriores à construção do primeiro Disco Solar pelos antigos shurimanes.

À medida que alguém se distancia da Arcologia Cardeal, a especialização e o prestígio dos domínios mágicos se acentuam. No cume das montanhas, os magos dessa relativamente pequena arcologia combinam seus conhecimentos sobre fogo, pedra e magnetismo para extrair metais preciosos da terra, moldando formas sofisticadas com gestos simples e poderosos.

Protegida por magia e isolamento, Ixtal não precisa de exércitos. O mais próximo que eles têm de soldados profissionais são os guardiões do caminho de Ixaocan, que patrulham constantemente as linhas de poder entre as arcologias, serviço pelo qual recebem muito respeito.

Um Legado Imponente

A visão do povo de Ixtal sobre o mundo transcende a mera existência física, revelando-se como uma vasta interseção de forças materiais, sobre as quais apenas eles detêm o domínio. Cada permuta elemental, desde a mais simples até a mais intrincada, é regida por um Axioma numerado, considerado sagrado pela arcologia que o ensina.

No coração da arcologia cardeal de Ixaocan, um imponente salão se destaca, estrategicamente posicionado no epicentro exato de Ixtal e, segundo os ixtalis, de toda Runeterra. Suspenso no teto desse majestoso salão, encontra-se o Vidálio, um antigo artefato que dá forma à magia em intrincadas tramas.

Aqueles que superam o desafio do Vidálio, sendo aceitos pela casta dominante dos Yun Tal, veem suas habilidades mágicas entrelaçadas pelo artefato. O Vidálio, então, cria vestimentas resplandecentes, capazes de se ajustar às necessidades do portador. Essa é a marca de um verdadeiro mestre elemental, que, por sua vez, assume a responsabilidade de guiar e instruir os demais.

Os Yun Tal

Os Yun Tal, a casta venerada que governa Ixtal, mantêm os segredos ancestrais da terra. Por inúmeras gerações, os elementalistas mais sábios e talentosos têm sido os guardiões desses conhecimentos, e a admissão na casta não segue critérios formais.

Os aspirantes enfrentam testes desafiadores, onde suas habilidades são levadas ao limite, e a aprovação requer consenso unânime entre os presentes. Cada Yun Tal ostenta trajes elementais exclusivos, habilmente tecidos pelo Vidálio, destacando e aprimorando suas destrezas mágicas.

Os atuais ocupantes do trono Yun Tal são agraciados com dez filhas, conhecidas respeitosamente como "as Yunalai". Dotadas das bênçãos de uma maestria herdada ao longo das gerações, não surpreende que todas tenham enfrentado o desafio do Vidálio em tenra idade, demonstrando prodígio em suas habilidades elementares.

Os Yun Tal mais confiáveis têm a honra de serem designados prefeitos de vilas e assentamentos remotos, como Ohmka, Xolen ou Paretha. Seus deveres abrangem desde a resolução de conflitos locais até o teste de aspirantes em potencial, assegurando que o povo de Ixtal mantenha o mínimo de interações com estrangeiros possível.

Para a maioria dos ixtalis, o mundo além de suas fronteiras é um reino destruído pelas cicatrizes de guerras e eventos cataclísmicos. Esse conhecimento é mantido sob cuidadosa guarda pelos Yun Tal, uma verdade sussurrada pelos anciãos aos ouvidos de poucos. O povo comum é mantido alheio ao tumulto do exterior, protegido por um véu de desconhecimento.

No entanto, a passagem do tempo tece sua trama inevitável, e o tecido da realidade começa a desvendar-se. À medida que os ventos da mudança sopram através das fronteiras ixtalis, a chegada de estranhos aos limites do território ixtali torna-se inegável. O segredo, por muito tempo guardado nas sombras, enfrenta o desafio crescente da curiosidade e da intrusão externa.

Conhecimento Arcano

Há eras, os ixtalis aspiram a incorporar os Axiomata em suas vidas cotidianas. À medida que as propriedades naturais desses materiais são reveladas e compreendidas, eles se tornam mais maleáveis, prontos para serem moldados e manipulados pelos habilidosos.

No entanto, o domínio de um Axioma não garante a completa proteção do usuário contra as forças elementares que ele manipula. A magia, por si só, não é capaz de sustentar uma população mortal, mas seu uso habilidoso pode aprimorar significativamente as práticas agrícolas e de caça, proporcionando melhorias nas condições de vida.

Sob os céus exuberantes de Ixtal, os Axiomas desdobram seu potencial em façanhas extraordinárias no cotidiano dos ixtalis. Aqui estão alguns exemplos vivos dessas aplicações:

  • Empunhando o Décimo Sexto Axioma com destreza, um minerador ergue pedras do solo como se fossem meras plumas, desafiando a gravidade com sua maestria elemental.
  • Enquanto esculpir pedras com martelo e cinzel demanda horas de esforço, um elementalista hábil alcança o mesmo resultado em minutos, moldando a rocha com a dança grácil de seus Axiomas.
  • Na forja pulsante de calor, o metalúrgico habilidoso mantém o fogo vivo com seu sopro ardente, embora o descuido possa resultar em mãos queimadas, um lembrete constante da delicada dança entre o homem e o Axioma.
  • Com uma aplicação do Terceiro Axioma, correntes favoráveis se formam sob a superfície das águas, permitindo até mesmo ao pescador iniciante capturar um peixe colossal, conectando-se às forças ocultas da natureza.
  • O Quinto Axioma acelera sua viagem e amplifica suas palavras para que todos possam ouvi-las.

Lar de Dragões

Entre as sombras das ruínas enigmáticas e dispersas por Ixtal, um segredo ancestral ecoa: dragões, criaturas majestosas e temíveis, encontram seu domínio. Estas poderosas bestas, que em tempos remotos alçaram voo nos últimos dias da guerra entre Shurima e o Vazio, agora repousam nas ruínas, afastadas do cenário das batalhas épicas.

O mistério que envolve a presença destes dragões é tão impenetrável quanto a própria selva de Ixtal. Em sua maioria, estas criaturas aladas parecem ter escolhido um caminho de paz e solidão, encontrando contentamento no silêncio das ruínas e na antiguidade de suas moradas abandonadas. A relação entre essas imponentes criaturas e os mortais permanece velada, oferecendo apenas lampejos de um passado distante e misterioso.