De Instituto da Guerra
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Evocadora de Espectros

"Ela surge entre os galhos retorcidos e o nevoeiro opaco, e com ela vem o silêncio absoluto. Não é o silêncio comum, mas um vazio esmagador, como se a própria realidade prendesse a respiração. E no fundo desse vácuo... algo desperta."

– Relato de um Sentinela sobrevivente

Não há criatura mais perturbadora entre as horrores das Ilhas das Sombras do que a Evocadora de Espectros. Sua figura esguia, envolta em trapos desgastados que flutuam como fumaça em uma brisa inexistente, é um convite ao desespero. A sua silhueta emana fragilidade, quase inocência, mas é a ameaça silenciosa que ela carrega consigo que reduz até os guerreiros mais valentes a espectadores impotentes.

Diferente de outros servos da Névoa Negra, a Evocadora parece ter um propósito elevado, como se a própria Névoa a tivesse escolhido como sua sacerdotisa. Ela não anda, mas desliza pelo chão, ignorando os galhos que deveriam agarrar suas vestes ou os escombros que deveriam deter seu caminho.

Suas mãos, desproporcionalmente longas, terminam em dedos que mais lembram garras, embora raramente sejam usadas para atacar. Correntes enferrujadas pendem de seus braços, rangendo suavemente como um lamento fantasmagórico, carregando uma estranha melancolia, um eco de sua provável vida passada.

Mas não é sua aparência que verdadeiramente aterroriza – é sua companhia. Onde a Evocadora aparece, os Espectros da Névoa não estão longe. Como um maestro de uma sinfonia de terror, ela invoca essas criaturas com uma facilidade desconcertante, guiando-as com gestos sutis e uma presença que exige submissão. Eles a seguem como cães obedientes, mas não se engane: esses cães não hesitam em devorar sua presa. A habilidade de manipular essas abominações faz da Evocadora uma ameaça incomparável.

Houve um momento em minha própria jornada por Águas de Sentina após um Tormento, em que me deparei com o rastro deixado por ela. Uma aldeia inteira, reduzida a ruínas em questão de horas. Não havia corpos – apenas ecos de vidas passadas. Uma testemunha sobrevivente, um velho trêmulo que havia se escondido em um porão, descreveu a chegada dela como um espetáculo de horror sublime. "Ela não correu atrás de ninguém", disse ele. "Ela apenas esperou, e eles vieram até ela, como se algo os chamasse." Ele mencionou os Espectros que emergiram das sombras, arrastando consigo aqueles que tentaram resistir.