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"O silêncio antes de seu ataque é ensurdecedor, como se o próprio mundo prendesse a respiração em terror."

– Relato de um sobrevivente de Demacia.

Diferente das entidades que ainda mantêm fragmentos de suas identidades passadas, esses espectros são criaturas completamente desprovidas de individualidade ou propósito, exceto pela fome insaciável que os guia. Formados por centenas, talvez milhares, de almas consumidas pela Névoa Negra, eles se movem como uma massa homogênea de energia sombria, fluindo como uma tempestade viva.

Sua forma é abstrata, uma fusão de névoa pulsante e rostos distorcidos, constantemente emergindo e desaparecendo na escuridão. Esses rostos, talvez remanescentes das almas que compõem o espectro, sussurram em uníssono, criando um som baixo e ameaçador que parece ecoar no próprio espírito de quem o ouve. É um som que não apenas inspira medo, mas também enfraquece a determinação e a força de vontade, deixando suas vítimas vulneráveis ao abraço final da Névoa.

Embora careçam de um corpo físico, os Espectros da Névoa possuem uma presença esmagadora e opressiva. Eles avançam como uma onda viva, envolvendo tudo em seu caminho. Árvores murcham, a vida selvagem foge e até a luz do sol parece hesitar em tocá-los. Aqueles que têm a infelicidade de serem pegos em seu alcance não morrem simplesmente; suas almas são arrancadas de seus corpos e adicionadas à massa do espectro, perpetuando seu crescimento e tornando-o ainda mais poderoso.

Os Espectros da Névoa não têm predileção por alvos. Eles atacam tudo o que encontram – soldados, aldeões, até mesmo outras criaturas amaldiçoadas – consumindo tudo de maneira indiscriminada. Sua fome não é apenas pela vida, mas também pela esperança, pela luz e por qualquer fragmento de ordem que possam encontrar. Eles representam a entropia absoluta, a destruição de tudo o que é belo e significativo.

Enfrentar um Espectro da Névoa é uma tarefa quase impossível. As armas convencionais são inúteis contra sua forma incorpórea, e mesmo aqueles que dominam magias potentes muitas vezes acham seus esforços insuficientes diante do poder bruto e da malevolência coletiva do espectro. Alguns acreditam que a única maneira de dissipar essas entidades é purificar a Névoa Negra em si, uma tarefa que, até o momento, permanece além da capacidade de qualquer mortal.

Não estão limitados a um único local; eles vagam livremente pelas Ilhas das Sombras e além, especialmente durante os períodos do Tormento, quando a Névoa Negra se espalha por outras regiões de Runeterra. Sua chegada é sempre precedida por um frio antinatural e um silêncio absoluto – um aviso tardio para aqueles que ousam enfrentá-los.